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Índice que mede otimismo do brasileiro é o maior em dois anos
Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo mostra que a confiança subiu mais na região Sul em setembro

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) marcou 74 pontos em setembro, uma elevação de seis pontos na comparação com agosto (68 pontos).

A última vez que o indicador subiu nessa velocidade foi na passagem de setembro de 2014 (142) para outubro do mesmo ano (148).

O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo que o intervalo entre zero e 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, é o campo do otimismo. Portanto, o resultado de setembro permanece no campo pessimista.

“Começa a se concretizar a melhora do cenário por parte do consumidor e do empresário. Agora cabe ao Congresso viabilizar o mais rapidamente possível as reformas fundamentais, sobretudo a PEC do teto dos gastos públicos. Isso – junto com outros fatores – vai possibilitar a tão aguardada queda dos juros para destravar a roda da economia”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele destaca que o Banco Central tem condições favoráveis para baixar a Selic até o fim do ano.Na comparação com setembro de 2015, o INC caiu cinco pontos. A pesquisa foi feita pelo Instituto Ipsos a partir de entrevistas domiciliares em todas as regiões brasileiras entre os dias 6 e 16 de setembro. A margem de erro é de três pontos.

REGIÕES

Aumentou a confiança dos consumidores de todas as regiões brasileiras. A maior elevação foi no Sul, com um salto de 19 pontos: o INC passou de 56 pontos em agosto para 75 em setembro.

O desempenho pode ser explicado pela proximidade com a época de plantio, despertando otimismo na população local.

No grupo formado pelas regiões Norte/Centro-Oeste, o indicador subiu seis pontos (de 72 para 78). No Nordeste, cresceu quatro (de 73 para 77).

Por ser uma região mais industrializada – portanto mais sensível à crise – o Sudeste é considerada a região mais cautelosa do país.

Por isso, a confiança ficou estável e variou dentro da margem de erro, passando de 69 pontos em agosto para 70 em setembro. Seguindo essa mesma linha, a confiança de quem mora no Estado de São Paulo foi de 64 para 62 pontos.

CLASSES SOCIAIS

O INC das classes AB aumentou de 60 pontos em agosto para 67 em setembro, enquanto a da C saiu de 65 e foi para 72. Na contramão, a confiança das classes DE variou dentro da margem de erro (caiu de 84 para 82 pontos), o que pode ser explicado pelo anúncio de alterações no Bolsa Família, programa que se concentra nesse grupo socioeconômico.

Fonte: Diário do Comércio

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