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Fabricantes de brinquedos projetam vendas 15% maiores neste Dia das Crianças

Venda de importados, porém, deve sofrer com valorização da moeda

O país pode estar em crise, mas quando o assunto é Dia das Crianças não existe a palavra recessão. Graças ao apelo emocional da data, as lojas de artigos infantis já estão fazendo encomendas para formar estoque. E a indústria do brinquedo aposta em um crescimento de 15% nas vendas deste ano frente ao mesmo período de 2015.

O faturamento das indústrias também deverá seguir em alta, mas em ritmo um pouco abaixo da produção. O estimado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) é que fique em R$ 6,3 bilhões no ano. Em 2015, havia ficado em R$ 5,72 bilhões. Ou seja, um crescimento estimado em 10,1%. Desde 2007, quando a associação começou a levantar esses dados, não houve nenhuma queda no desempenho.

“A família brasileira ainda não deu brinquedo para seus filhos. E a criança tem muita importância no contexto familiar. Os pais podem deixar de comprar carro, roupa, sapato, mas as vontades dos filhos continuam sendo atendidas”, afirma o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.

Com base na boa perspectiva, os fabricantes de brinquedos ampliaram o mix de produtos. Foram lançados 1.400 brinquedos neste ano, dos quais 60% custam menos que R$ 25. “Foram criadas opções pensando no público que está passando por dificuldade financeira. Tudo para garantir que, mesmo na crise, as pessoas não deixem de presentear as crianças”, afirma.

Somente a Estrela, indústria com três unidades, sendo uma delas em Três Pontas, no Sul de Minas, lançou 180 brinquedos neste ano. Como resultado, segundo o presidente da empresa, Carlos Tilkian, a produção aumentou em 20% para atender a demanda do Dia das Crianças. E o esperado é que as vendas também sigam esse ritmo de crescimento. “O mercado de brinquedos tem uma resistência à crise porque trabalhamos com sonhos e buscamos produtos que atendam diferentes públicos”, afirma.

As projeções otimistas são uma realidade também para as fábricas pequenas de brinquedos. Na Mamoan, em Belo Horizonte, as encomendas já estão 10% maiores do que as de 2015. Segundo o gerente de vendas da empresa, Ronaldo Horta, o esperado é uma alta de 30% frente a 2015.

Fonte: Hoje em Dia

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