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Atacarejo se reinventa diante da crise

Estopim da crise econômica pela qual passa o Brasil, 2015 foi desafiador para o varejo. Inflação elevada, crédito restrito, desemprego crescente e queda no nível de consumo seriam suficientes para fazer naufragar o segmento que mais emprega no País, não fosse por um detalhe: as principais redes nacionais valeram-se do mau momento para se reinventar. Pesquisa realizada com os 300 maiores varejistas brasileiros apontou crescimento médio de 9,2% no faturamento das redes registrado naquele ano. Dentre os grupos pesquisados, 23 estão sediados em Minas. A maioria deles opera no segmento supermercadista, um dos sete que registrou os melhores resultados.

No geral, também cresceram os números de unidades, a rentabilidade por loja, a geração de empregos e a produtividade média por funcionário. Os resultados constam no Ranking Novarejo Brasileiro 2016, realizado pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), em parceria com a Serasa Experian, divulgado recentemente. O levantamento considerou os resultados financeiros, operacionais, de gestão de risco, além das estratégias adotadas e da utilização de tecnologia nos serviços fornecidos em 2015.

Na edição deste ano do levantamento, a segunda, o número de empresas aumentou 50%, passando das 200 maiores redes consideradas no ranking de 2015 para as atuais 300. Deste total, 7,7% têm sede em cidades mineiras. Entre os grupos de Minas que aparecem no estudo estão Supermercados BH, que adquiriram recentemente o Atacarejo (antigo Viabrasil) e a DMA Distribuidora, detentor da rede Epa Supermercados. Também figuram na lista o Verdemar, Drogaria Araujo, Eletrozema e Arezzo&CO, que representam os segmentos de super e hipermercados, farmácias, cosméticos e perfumaria, eletroeletrônicos e móveis e calçados, respectivamente. Os resultados por companhia ou regionalizados por estado não foram divulgados.

Atentas às mudanças de hábito do consumidor brasileiro, as empresas do segmento de atacarejo foram as que desempenharam os melhores resultados quanto ao faturamento, apresentando crescimento de 18,2% em 2015, frente a 2014. Ao lado das livrarias (14,7%), redes alimentícias e fast food (14,6%), óticas (14,5%), farmácias (11,2%), casa e decoração (10,9%) e super e hipermercados (10,6%), o segmento cresceu acima da inflação do período, de 10,67%, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Fonte: Diário do Comércio